Descobrir algo novo é escapar das rotinas. Mas não se deve acreditar que as novidades surgirão como um clarão diante dos olhos.
Olhando pela janela, parece comum deixar de ver a rotina assolando do lado de dentro. Colocar os sentidos à disposição seria então chafurdar num marasmo particular e reconhecer, notar, anotar, perceber e aceitar que os limites são impostos. Os motivos? Talvez nem interessem.
Abrir-se em uma escuta sensível, sim. Isso importa.
Meros mortais, podem operar com cinco escutas. Superpoderosos, com mais. Nada que não se possa treinar, condicionar, por à prova, sujeitar, experimentar, diria um guru. Ilimitada, a busca pela novidade torna-se interessante, gostosa, incapaz de fazer mal; permite o crescimento, a abertura ao estranho, ao estrangeiro, ao desconhecido.
Fruir dos sentidos é tornar-se um laboratório de sensações. Relacionar-se, então, com um mundo repleto de intenções que provocam, agem, reagem e modificam. E mudar faz bem.